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HOSPEDAGEM
Hotel no Japão é muito caro, mas quem disse que é preciso ficar em um? Por conta das altas diárias, o país desenvolveu uma oferta bastante satisfatória de albergues e hostels, que podem ser encontrados a partir de 3 mil ienes por dia (R$ 48). Já as hospedagens tradicionais mais baratas custam cerca de 8 mil ienes (R$ 130).
Outra opção, na verdade uma atração em si, são os hóteis do tipo cápsula, onde o hóspede dorme em um espaço mínimo (uma cápsula mesmo) em que só dá para se deitar. Lugar para mala, nem pensar. Ela fica em um armário à parte.
O banheiro, claro, é coletivo. Mas se o orçamento permitir ou a falta de espírito aventureiro falar mais alto, nada impede que você fique um hotel convencional, com banheiro privativo, mas sem nenhum luxo. Há um monte deles, e quem vai uma vez costuma voltar. O serviço costuma ser bom pelo que se paga, em média a partir de 4 mil ienes a diária (R$ 65).
Fazer reserva nunca é demais, principalmente para os estabelecimentos de maior procura, os mais baratos. As vagas ficam especialmente difícies na época do Ano Novo (27 de dezembro a 4 de janeiro), no feriado 'Golden Week' ou Semana Dourada (29 de abril a 5 de maio) e no 'Obon' (Finados) (uma semana em meados de agosto). Outro período em que ir para o Japão é uma aventura são as férias escolares de verão (de julho a agosto).
ALIMENTAÇÃO
Não pense duas vezes antes de entrar em um restaurante no Japão e nem tenha vergonha de pedir para ver o cardápio (há muitos em inglês). É melhor do que passar por apertos depois. Uma dica imperdível: comer na hora do almoço (geralmente das 11h às 14h) é bem mais barato do que na hora do jantar.
Quem não quer gastar muito (nem dinheiro nem tempo) vai ficar satisfeito com o 'gyudon': uma tigela de arroz com tiras de carne bem finas, geralmente acompanhada de missoshiru (sopa de soja) e salada. Vende em tudo que é lugar. O prato custa 500 ienes (R$ 8).
A rede Yoshinoya, por exemplo, tem uma loja em cada esquina, sempre cheia. O prato chega em questões de cinco minutos. É comer, normalmente no balcão, e ir embora. Se resolver ficar para bater papo, é bem provável que peçam para dar o lugar para outro freguês.
Também há muitos restaurantes chineses com preços camaradas. Cadeias de fast-food existem aos montes, mas o que você paga por um sanduíche é o que você paga em um restaurante popular por uma refeição de verdade.
E comer em hotel? Nem pensar! E até com o café-da-manhã é preciso tomar cuidado. Tomá-lo na rua costuma ser bem mais barato. Por isso as diárias quase nunca o incluem, já que a demanda costuma ser baixa. Se quiser ir ao supermercado, dê preferência à noite, quando costumam acontecer as promoções (inclusive de pratos feitos).
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TRANSPORTE
Enquanto estiver no Japão, esqueça que inventaram o táxi um dia. É absurdamente caro e não faz falta nenhuma. Se for desembarcar no Aeroporto de Narita com direção a Tóquio, jamais pegue um deles, pois vai sair uma fortuna.
Metrô e ônibus o levam aonde quiser, principalmente nas grandes cidades. Em Tóquio, no primeiro momento, até assusta o número de linhas (algumas dezenas) e de estações (algumas centenas). Peça um mapa em inglês em um guichê que toda estação tem ao lado das catracas. Aliás, na maioria das vezes a placas também têm escrita romanizada. O anúncio dos auto-falantes dentro dos vagões também é em inglês.
O bilhete é comprado nas máquinas (também bilíngües). Guarde-o sempre com você, pois é necessario passá-lo na estação de origem e na estação de destino. Caso perca, terá que comprar outro. Atenção: o preço do bilhete varia de acordo com a estação em que você desembarca e o tamanho do percurso feito. Se comprar um de valor inferior, o sistema acusará a diferença e você terá que cobrir. Mas nada de constragimento. É bem normal isso acontecer, inclusive com os próprios japoneses.
Uma dica importante é que no aeroporto, e só no Aeroporto de Internacional de Narita, estão à venda tíquetes do metrô exclusivos para turistas. São dois: um que vale por apenas um dia (600ienes/ R$ 9,60) e outro que vale por dois (980 ienes/ R$ 16). O número de viagens é ilimitado, e o preço, uma rebarba. Vale muito a pena.
Outra opção, porém só mais prática, porque não existe desconto nenhum, é o cartão Suica. Você compra nas lojas da JR (operadora de trens) e o carrega primeiramente com um mínimo de 2.000 ienes (R$ 33). Além de servir para o metrô e o ônibus, esta carga também pode ser usada para pequenas compras, como em lojas de conveniência. Em qualquer estação do metrô tem máquina para recarregar. Vale por dez anos e por isso é bom guardar para uma próxima viagem (caso queiram devolver, recebe-se 500 ienes - R$ 8 - de volta).
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Ainda sobre o metrô: mais de uma operadora opera a malha em Tóquio. A integração entre as linhas de cada companhia é gratuíta. Mas para passar de uma operadora a outra é preciso comprar um bilhete novo. Só o cartão Suica serve para todas as operadoras, embora com o devido desconto nos créditos.
Entre uma cidade e outra, o melhor meio são os trens. São pontualíssimos e seguros. Ônibus são uma boa opção se quiser passar a noite no veículo e economizar uma diária de hotel. Avião é como táxi: caro.
Para turistas, a melhor opção é o Japan Rail Pass, exclusivo para viajantes estrangeiros. Mas é necessário sair do Brasil com o seu bilhete em mãos, porque no Japão nem vende. Pode ser válido para sete, 14 ou 21 dias e para classe turística ou executiva, em trens, metrôs e ônibus. O número de viagens é ilimitado, mas pense bem antes de comprar: se for fazer poucas viagens, talvez fique mais barato comprar as passagens normais. O Rail Pass não é aceito para o chamado 'Nozomi', modelo de trem-bala mais rápido do país.
BRASILEIRO NECESSITA VISTO PARA O JAPÃO
Companhias aéreas Air France: 4003-9955 (capitais e regiões metropolitanas) 0800 888-9955 (de outras localidades); Delta: 4003-2121 e 0800-881-2121 ( ambos de todas as cidades); Jal: (11) 3175-2270
Rail Pass
São Paulo
Agências Skyluxe: (11) 3254-5460
Caju Representações (11) 3101-1966
Rio de JaneiroUniver Travel (21): 2532-8750
Tunibra turismo: (21) 2210-3263
Visto
Consulado do Japão:
São Paulo - (11) 3254-0100
Rio de Janeiro: (21) 3461-9595
Brasília: (61) 3442-4247
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Fotos de autoria de Diogo Ferreira Gomes
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