quinta-feira, 6 de março de 2008

INTERCÂMBIO PELAS UNIVERSIDADES




Intercâmbio pelas universidades: caminho mais curto


Em geral, os programas de intercâmbio oferecidos pelas instituições de ensino brasileiras são a alternativa mais prática para quem quer estudar no exterior.

A alternativa mais usual para aqueles que buscam fazer parte da sua graduação ou pós-graduação no exterior é procurar as instituições de ensino superior brasileiras que possuem convênios com instituições estrangeiras.


Para que se adeqüe, a agente de Relações Internacionais da USP (Universidade de São Paulo) Denise Menegon Cristovam recomenda que, antes de se matricular em qualquer universidade, o aluno procure saber quais são as oportunidades de intercâmbio que a instituição oferece. "É muito mais fácil e barato fazer intercâmbio de graduação pelas universidades", conta Denise.


São muitas as instituições brasileiras, públicas e privadas, que oferecem oportunidades de intercâmbio a seus alunos. Segundo a gerente de Relações Internacionais e Nacionais da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), Miriam Silveira Mylius, isso vem acontecendo porque as instituições começaram a enxergar a importância de o aluno ter a sua própria visão de mundo. "Não se justifica mais que uma universidade ofereça apenas as suas alternativas, dentro do seu próprio campus e dentro do seu próprio país. A questão da internacionalização hoje é um fato corriqueiro e muito importante", explica.


Universidades públicas e particulares


Os programas oferecidos pelas universidades públicas e particulares são similares, o que os diferenciam é o custo. Os alunos das particulares devem continuar pagando pelo menos uma parte da mensalidade. A porcentagem varia de acordo com cada faculdade. Além disso, dependendo do programa, é oferecida bolsa-auxílio para suprir os gastos com moradia, alimentação e transporte. Já entre as universidades públicas, há programas que isentam o aluno de qualquer mensalidade. Em alguns casos, há, inclusive, oferta de bolsas para cobertura de alguns custos extra-acadêmicos.

As universidades geralmente oferecem três tipos de programas. Os alunos podem cursar alguns créditos do seu curso em escolas conveniadas, ou também tentar promover acordos com outra instituição, mas nesse caso não é garantida a isenção das taxas cobradas no exterior. A terceira opção é o programa de duplo diploma, que nem sempre é oferecido para todos os cursos e por todas as instituições. Nesse caso o aluno cursa parte de sua graduação fora do país e parte no Brasil, proporcionando o direito a dois diplomas, um brasileiro e outro estrangeiro.

Para que os estudantes possam participar desses programas é necessário que passem por um processo de seleção, que varia de acordo com a instituição. Esse processo possui várias etapas, desde análise das notas e desempenho no curso até entrevistas com representantes das instituições estrangeiras.


Dicas universitárias


Segundo as representações de cooperação internacional das universidades brasileiras, a procura pelos programas de intercâmbio vem aumentando a cada ano. O interesse pela oportunidade no exterior tem sido cobiçada por quase todos os estudantes. Porém a oferta de vagas, apesar de estar crescendo também, é limitada. "As oportunidades existem e podem ser aproveitadas, basta o interesse e empenho do aluno", explica o coordenador de Relações Internacionais da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Luiz Cortez.

Um dos motivos pelos quais os estudantes estão procurando com mais empenho uma oportunidade de intercâmbio é a necessidade de obter um diferencial diante do concorrido mercado de trabalho atual. "A experiência no exterior, além de enriquecer o histórico do aluno, garante um grande diferencial, que contribuirá bastante para o futuro profissional desse estudante", indica a coordenadora de intercâmbio da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), Marina Abrahão.


A experiência não vale apenas pelo ponto de vista profissional, ela proporciona ao intercambista um grande aprendizado que jamais ninguém poderá tirar dele. De acordo com Cortez, viver uma outra cultura, falar outra língua, conviver com outros povos e outras tecnologias faz com que a pessoa passe a valorizar ainda mais o seu país de origem, vendo tudo com outros olhos. "É uma experiência enriquecedora, acadêmica, científica e cultural, sendo, ainda, valiosa do ponto de vista humanístico", conclui o professor.


É uma unanimidade quando se fala da importância do intercâmbio na vida de uma pessoa. Seja qual for o curso ou o país escolhido, o importante é vivenciar essa experiência para o crescimento na vida profissional e pessoal. "Só vivendo para saber a importância de tal oportunidade", afirma a coordenadora da cooperação internacional da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Suzana Queiroz Melo Monteiro.

Publicado em 29/03/2005 - 02:00, no site da Universia.

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